A incomparável escritora Clarice Lispector nasceu na Ucrânia em 1920, mas veio para o Brasil em 1922. Portanto, podemos dizer que se trata de uma autêntica autora brasileira.
Faleceu em 1977, deixando um maravilhoso legado para a literatura do nosso país.
Trata-se de uma pensadora, uma mulher extremamente culta, com uma visão de mundo muito ampla. Escreveu obras magníficas, como Laços de Família; Perto do Coração Selvagem; A Hora da Estrela; A Paixão segundo G.H; A Descoberta do Mundo; e Um Sopro de Vida: pulsações, este último publicado postumamente.
Clarice procurou desvendar a alma humana em seus escritos, bem como seu próprio eu interior, numa busca incessante de se entender e entender os outros.
Abaixo, postamos alguns pensamentos da escritora que certamente servirão de reflexão ao leitor do blog.
“Liberdade é pouco.
O que eu desejo ainda não tem nome”.
“Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania.
Depende de quando e como você me vê passar”.
“E se me achar esquisita, respeite também.
Até eu fui obrigada a me respeitar”.
“Que minha solidão me sirva de companhia.
Que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Que eu saiba ficar com o nada.
E mesmo assim me sentir
Como se estivesse plena de tudo”.
“Só o que está morto não muda!
Repito por pura alegria de viver:
A salvação é pelo risco.
Sem o qual a vida não vale a pena”.
“A única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais…”
“Corro perigo
Como toda pessoa que vive.
E a única coisa que me espera
É exatamente o inesperado”.
“Minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas
Nem de grandes ventanias
Pois eu também sou o escuro da noite”.
“Amor será dar de presente a outro a própria solidão?
Pois é a coisa mais última que se pode dar de si”.
“E nem entendo aquilo que entendo.
Pois estou infinitamente maior que eu mesma
E não me alcanço”.
Telma
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