Eu e a Karina somos muito românticas, sensíveis ao extremo e estamos permanentemente apaixonadas, seja pelas pessoas, pela vida, pelos livros, pelos animais.
Claro que também cultuamos o amor romântico e não resistimos a um buquê de flores, a uma musiquinha de amor, a um poema de derreter o coração, a filmes do gênero e tudo o mais que possa balançar as estruturas e mexer com a emoção.
Por isso, resolvemos postar algumas poesias românticas, daquelas quase tristes de tão doídas, e bem melosas mesmo, para ver se todos os leitores entram no clima do amor.
Mas aqui vocês só vão encontrar aquilo que consideramos a nata dos poemas amorosos, tanto hoje como em outros posts que certamente dedicaremos ao sentimento mais importante do mundo: o amor. Somente autores conceituados e textos vibrantes passarão pelo blog.
Deixem o coração bater mais forte com as palavras abaixo, colhidas dentre milhares de jóias preciosas da literatura universal:
“O grande momento.
A varanda era batida pelos ventos do mar
As árvores tinham flores que desciam para a morte,
Com a lentidão das lágrimas.
Veleiros seguiam para crepúsculos
Com as asas cansadas e brancas se despedindo.
O tempo fugia com uma doçura jamais de novo experimentada.
Mas o grande momento era quando os meus olhos
Conseguiam entrar pela noite fresca dos teus olhos”
(Augusto Frederico Schmidt)
“Sempre que te possuo, amor, entre os meus braços
Não sei como é que chegas nem sei como te vais.
Quando vou procurar-te, te encontro tão distante
Que me parece que não voltarás mais.
Era inverno de angústia a derradeira vez.
Vieste.
E rebrotou meu corpo de um pouco de alegria.
E quando eu já pensava que nem tudo era triste,
Estremeci de novo com minhas mãos vazias!”
(Pablo Neruda)
“Quanto mais eu fecho os olhos, melhor vejo:
Meu dia é noite quando estás ausente
E à noite eu vejo o sol se estás presente”
(William Shakespeare)
“Não, tu não és sonho.
És a existência.
Tens carne, tens fadiga e tens pudor
No calmo peito teu.
Tu és a estrela sem nome.
És a morada, és a cantiga do amor
És luz, és lírio, namorada!
Tu és todo o esplendor.
O último claustro da elegia sem fim, anjo!
Mendiga do triste verso meu.”
(Vinicius de Moraes)
“Apaga-me os olhos
E inda posso ver-te
Tranca-me os ouvidos
E inda posso ouvir-te.
E sem pés posso ainda ir para ti.
E sem boca posso ainda invocar-te.
Quebra-me os braços e posso apertar-te
Com o coração como com a mão.
Tapa-me o coração e o cérebro baterá.
E se me deitares fogo ao cérebro
Hei de continuar a trazer-te no sangue.”
(Rainer Maria Rilke)
Telma